A Classificação Internacional da Fibromialgia, ainda vigente, é a CID10-M79.7. Porém, desde 1º de janeiro de 2022, entrou em vigor a nova CID, CID11 - MG30.01 - Dores Crônicas Generalizadas.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a fibromialgia está inserida dentre as dores crônicas generalizadas (CID 111 – MG30.01), sendo descrita da seguinte forma:
A dor generalizada crônica (CWP) é uma dor difusa em pelo menos 4 de 5 regiões do corpo e está associada a sofrimento emocional significativo (ansiedade, raiva/frustração ou humor deprimido) ou incapacidade funcional (interferência nas atividades de vida diária e participação reduzida em papéis sociais). A dor primária crônica (PTC) é multifatorial: fatores biológicos, psicológicos e sociais contribuem para a síndrome dolorosa. O diagnóstico é adequado quando a dor não é diretamente atribuível a um processo nociceptivo2 nessas regiões e existem características compatíveis com dor nociplástica3 e contribuintes psicológicos e sociais identificados. Disponível em: < CID-11 para Estatísticas de Mortalidade e Morbidade (who.int) >. Acesso em: 04 abr. 2023.
De acordo com a American College of Rheumatoly (ACR), a fibromialgia é uma doença neurológica crônica que causa dor em todo o corpo, entre outros sintomas. Dentre os quais, os seguintes sintomas ocorrem com mais frequência: Sensibilidade ao toque ou pressão, que afeta os músculos e, às vezes, as articulações e até a pele; Cansaço extremo; Dificuldade para dormir (acorda cansado); Dificuldades de memória ou pensamento claro. Alguns pacientes também podem ter: Depressão ou angústia; Enxaqueca ou cefaleia tensional; Problemas digestivos: síndrome do intestino irritável (comumente chamada de SII), doença do refluxo gastroesofágico (chamada DRGE); Bexiga irritável ou hiperativa; Disfunção temporomandibular, chamada DTM (um conjunto de sintomas que incluem dor na face ou na mandíbula, estalos na mandíbula e zumbido nos ouvidos). Os sintomas da fibromialgia e as dificuldades que a acompanham podem variar em intensidade e ter altos e baixos ao longo do tempo. O estresse geralmente piora os sintomas. Disponível em: < Fibromialgia (rheumatology.org) >. Acesso em: 12 mai. 2023.
Por sua vez, a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) conceitua a fibromialgia da seguinte forma (Cartilha de Fibromialgia da SBR, 2011:14):
A Fibromialgia é uma síndrome clínica que se manifesta, principalmente, com dor no corpo todo. Muitas vezes fica difícil definir se a dor é nos músculos ou nas articulações. Os pacientes costumam dizer que não há nenhum lugar do corpo que não doa. Junto com a dor, surgem sintomas como fadiga (cansaço), sono não reparador (a pessoa acorda cansada, com a sensação de que não dormiu) e outras alterações como problemas de memória e concentração, ansiedade, formigamentos/dormências, depressão, dores de cabeça, tontura e alterações intestinais. Uma característica da pessoa com Fibromialgia é a grande sensibilidade ao toque e à compressão de pontos nos corpos.
1Nova classificação vigente desde 1º de janeiro de 2022.
2Dor nociceptiva é aquela provocada por uma lesão ou dano tecidual. Sendo contrária a dor neuropática, cuja origem decorre de alguma lesão sofrida pelo sistema nervoso central ou periférico. Disponível em: < Conheça as diferenças entre dor nociceptiva, neuropática e nociplástica. - Blog | Dr. Alexandre Alonso - Medicina Intervencionista na Dor (dralexandrealonso.com.br) >. Acesso em 18 Mai. 2023.
3Dor nociplástica é aquela que resulta de uma ampliação da sensibilidade do sistema nervoso central após uma lesão, ou seja, a sensação dolorosa permanece sendo sentida, mesmo após a cicatrização ou cura da lesão sofrida. Disponível em: < Conheça as diferenças entre dor nociceptiva, neuropática e nociplástica. - Blog | Dr. Alexandre Alonso - Medicina Intervencionista na Dor (dralexandrealonso.com.br) >. Acesso em 18 Mai. 2023.
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